Transtorno de transe e possessão
Transtorno de transe e possessão
O
transtorno de transe e possessão trata-se de um transtorno dissociativo que tem
por característica a perda transitória da consciência da própria identidade. No
transtorno dissociativo o indivíduo não percebe a realidade.
No
caso do transtorno de transe e possessão, a este sintoma ainda há uma
associação da conservação perfeita da consciência com o meio que se encontra.
Somente
os estados de transe que são involuntários e que não foram desejados é que são
considerados transtorno. Não se classifica como uma doença quando ela acontece
apenas nas situações que são adequadas ao sujeito religioso ou ao contexto
cultural.
Quais
os Sintomas e/ou Como Identificar
Da
mesma forma que acontece com o transtorno dissociativo de identidade, no
transtorno de transe dissociativo pode-se observar como principais
características a perda parcial ou total de suas funções normais que integram
as lembranças, identidade, consciência e sensações imediatas bem como do
controle dos movimentos do corpo.
Ou
seja, a possessão é algo similar a uma nova personalidade que a própria pessoa
criou e que possui suas peculiaridades, gostos, tom de voz, identidade,
controle dos movimentos e lembranças distintas.
Amnésia:
Tipos, Causas e Tratamento
O
que causa este transtorno
No
transtorno de transe e possessão geralmente acontece numa relação temporal
estreita que foi precedida de algum evento traumático, problemas que são
insuportáveis e insolúveis ou da relação interpessoal difícil.
A
identidade pessoal do indivíduo sofre uma cisão, ou seja, uma divisão o que
abre margens para que uma nova personalidade surja com consciência, lembranças,
percepção, identidade e controle dos movimentos do corpo. Este é um tipo de
fenômeno que é bastante conhecido como transtorno egodistônico ou de
despersonificação.
Isso
pode ser causado por uma sugestão sendo que está relacionado com a
sugestionabilidade do indivíduo como numa hipnose. No entanto, pode acontecer
em casos mais graves que a pessoa por uma lavagem cerebral.
Tanto
o impacto quanto à eficiência da sugestão está proporcional ao quanto que a
ideia que foi sugerida atende as necessidades emocionais daquele indivíduo e
também de sua cultura.
Isto
é, quanto mais a pessoa estiver abalada no seu emocional e psicológico, com uma
vida familiar e social insatisfatória, ansioso para que seja aprovado
socialmente, emotivo e impulsivo mais sugestionável se torna.
Este
problema também pode ser ocasionado pelo excesso e também pela falta de neurotransmissores
assim como é nos delírios e esquizofrenias. Também pode acontecer pela
desregulação das vias de serotonina, catecolamina e dopamina. São elas que
atuam nas áreas que estão relacionadas como o autocontrole, raciocínio,
cinestesia e percepção.
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Como
tratar
Tanto
os médicos quanto os psicólogos utilizam de um critério para determinar se o
transtorno de transe e possessão precisa ser tratado ou não. Este critério é o
quanto que o indivíduo tem de sofrimento por causa deste transtorno e o quanto
que ele tem sido prejudicado e trazido perigo para si.
Desta
forma, quanto mais danoso e frequente os episódios forem mais urgente é a
necessidade de dar início ao tratamento. De todos os pacientes que fazem o
tratamento, 67% consegue se reintegrar à sociedade e ter uma vida saudável e
estável por cerca de 21.6 meses.
Boa
parte dos que continuam com a instabilidade e desintegrados apresentam uma
melhora significativa. A recomendação dos médicos é que sejam feitas 3 sessões
com duração de uma hora por semana. Isso é no início da psicoterapia dinâmica.
Já
para o indivíduo que alcançou uma estabilidade maior deve ser feita ao menos
uma sessão a cada semana durante dois anos. Assim é possível que dure mais caso
se o paciente não estiver saudável e produtivo ao fim dos 2 anos.
Da
mesma forma que acontece em qualquer psicoterapia, num primeiro momento tenta
ser estabelecido um ambiente seguro e tranquilo para que as intimidades e os
segredos sejam expressos. Isso somente vem a tona num relacionamento de
confiança e que não traga punição entre o paciente e seu terapeuta.
Assim
que se estabelece uma relação terapêutica, o terapeuta faz estímulos na
auto-reflexão das emoções, pensamentos e sensações do paciente. Isso é feito
tanto dentro quanto fora do contexto terapêutico com diversas perguntas e
fazendo a integração das análises e reflexões.
As
diversas causas para os sintomas que se apresentam no transtorno de transe e
possessão são analisados dentro do contexto do indivíduo. Os transtornos
psicológicos como os delírios e a depressão podem ser medicados através de um
psiquiatra.
Desde
o início até o fim, o terapeuta deve estimular e reforçar comportamentos saudáveis
e também as reflexões sobre o que têm causado e mantido os comportamentos que
não são saudáveis levando em consideração cada caso.
Diagnóstico
O
bom diagnóstico para o transtorno de transe e possessão é fundamental, pois
existem algumas experiências culturais que se assemelham a ele. Os sinais que
estão presentes na experiência cultural são:
●
Não há sofrimento psicológico;
●
Não são apresentados prejuízos significativos
na vida escolar, no trabalho ou na vida social;
●
A duração da experiência é curta e ocorre
episodicamente;
●
A experiência acaba gerando um crescimento
pessoal e pode ser controlada;
●
Trata-se de uma experiência social;
●
Não tem associação alguma com algum tipo de
transtorno psicológico;
●
A experiência é compatível com o grupo
religioso ou cultural do indivíduo;
Já
nos transtornos psicóticos que possuem conteúdo religioso é possível observar
os seguintes sinais:
●
Cauda sofrimento além de prejuízo escolar, social
e até no trabalho;
●
Está associado a outros sintomas de problemas
psiquiátricos;
●
Acontece de forma involuntária, indesejada,
desestrutura o indivíduo, persiste e não tem relação com a cultura nem religião
do indivíduo.
Epidemiologia
Uma
doença que acontecia frequentemente e que era responsável por cerca de 5% a 10%
das internações psiquiátricas que eram realizadas era o “delírio espírita
episódico”. Atualmente, esses episódios de transtorno foram identificados em
cerca de 11% da população adulta durante a vida.
Geralmente
elas acometem pessoas que tiveram abuso psicológicos ou físicos, especialmente
na infância. Mas também pode ser uma tendência congênita e genética.
Resumindo…
O
transtorno de transe e possessão faz com que a pessoa perca temporariamente a
consciência de sua própria identidade. Existem alguns sintomas que ajudam a
diagnosticar este transtorno, mas pode ser confundido com outros transtornos.
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